Case Vagas

Em abril de 2006, nossa agência de traduções foi procurada pela VAGAS.com, uma empresa brasileira de prestação de serviços que possui uma plataforma de Recrutamento e Seleção para empresas que querem contratar mais rápido e melhor e o maior portal de carreiras do País, o VAGAS.com.br. Eu sabia que o fundador da empresa é um profissional de alto nível, comprometido com tecnologia e com qualidade, por isso fui à reunião preparado para alguma demanda diferenciada.

O problema era basicamente o seguinte: o site VAGAS.com.br tinha um volume muito grande de texto, inteiramente redigido em português, e a empresa ia se lançar internacionalmente. Para isso, precisava que seu site existisse também em inglês e espanhol. Além disso, o conteúdo tinha alterações o tempo todo e os sites traduzidos teriam que estar sempre atualizados.

Decidimos propor uma solução baseada numa ferramenta de memória de tradução.

Tipicamente, com esse tipo de ferramenta, quando um sistema sofre alteração em seus arquivos, o cliente simplesmente envia à agência de traduções o novo conjunto de arquivos, no idioma original. A agência, então, executa uma operação denominada análise, que compara os arquivos a serem traduzidos com a memória de tradução existente e identifica o texto novo, que é, então, traduzido por seus profissionais. Em seguida, a mesma ferramenta insere nos arquivos a tradução completa, juntando as partes que já estavam na memória com o texto que acaba de ser traduzido. A agência entrega então ao cliente o conjunto completo de arquivos traduzidos, atualizado.

No entanto, nesse caso, o número de arquivos era muito grande (da ordem de milhares) e as alterações poderiam atingir muitos deles. Cada vez que houvesse alteração, eles teriam que nos enviar esse conjunto gigantesco de arquivos em português para fazermos a análise, traduzirmos o texto novo e gerar dois conjuntos completos de arquivos traduzidos (inglês e espanhol), nos quais a quase totalidade do texto estaria vindo da memória. Isso, numa base praticamente semanal ou mensal, envolveria da nossa parte a responsabilidade de manusear constantemente milhares de arquivos para traduzir pequenos volumes de texto, o que iria aumentar o custo do serviço, além de gerar um constante risco de erro.

Mas aí me perguntei: porque esse procedimento com o conjunto todo de arquivos teria que ser feito por nós? Afinal de contas aquela empresa produzia software. Ora, para quem cria software, operar uma ferramenta voltada para tradutores seria algo como um ciclista olímpico fazer uma entrega do Rappi.

Baseados nessa condição, fizemos a eles a seguinte proposta:

  • Eles comprariam uma licença do software de memória de tradução e aprenderiam a usar o módulo que faz a análise dos arquivos;
  • Ele mesmos fariam a análise do conjunto de arquivos cada vez que quisessem traduzir atualizações e utilizariam a funcionalidade de exportar o texto novo. O arquivo com o texto novo exportado seria a única coisa enviada para nós, juntamente com a análise já feita. Dessa forma, até o volume de serviço já viria pré-calculado, facilitando nosso faturamento;
  • Nós simplesmente traduziríamos para inglês e espanhol o arquivo com o texto novo exportado, que seria nossa única entrega do projeto;
  • Eles importariam esse conteúdo para o ambiente de memória de tradução e dariam saída no novo conjunto de arquivos traduzidos, implementando em seguida a atualização do sistema nos dois idiomas.
    A solução, portanto, otimizava o custo empregando o melhor de cada uma de nossas empresas: nós entrávamos com a tradução e eles entravam com as operações de software.
    Bem. A proposta foi aceita.

− E aí? Funcionou?

Não só funcionou como continua funcionando até hoje, passados 14 anos. Rotineiramente a VAGAS nos envia um arquivo contendo texto novo de seu sistema gigantesco, recebe de volta esse mesmo arquivo em espanhol e inglês, importa-o para o sistema e dá saída em seus próprios arquivos dos sites traduzidos, que permanecem sempre atualizados, a um custo otimizado.

Por falar nisso, hoje, 8 de setembro de 2020, estamos enviando para a VAGAS mais um arquivo com atualizações. Com essa, são 98 atualizações desde 2006.

Este texto foi aprovado por: VAGAS

Marcos Chiquetto

Fundador e diretor – LatinLanguages

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Cases

Na década de 1980, havia no Brasil a reserva de mercado para informática, que deu origem a uma indústria nacional nessa área. Respondendo à demanda dessa indústria por redatores técnicos, surgiu nossa empresa, fundada por um engenheiro eletrônico e um analista de sistemas, cujo serviço era criar manuais de usuário para produtos de tecnologia.

Um dia eu estava na gráfica para tratar da impressão de um manual e o gerente me disse:

− Nossa gráfica imprime manuais das calculadoras HP. Eles me perguntaram se nós poderíamos também traduzir esses manuais. Vocês fazem isso?

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Em 2015 nossa agência de tradução recebeu uma ligação da Khomp, empresa brasileira que produz e exporta equipamentos e software para telecomunicação. Naquele momento, eles procuravam uma solução para traduzir para inglês e espanhol seus materiais de marketing e manuais técnicos escritos em português. Sendo ela uma empresa de tecnologia, a solução teria que oferecer alto nível técnico na tradução. Além disso, a solução teria que ter um custo viável para uma empresa cujos concorrentes estão na China.

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